Eu entrei numa máquina do tempo e voltei até os idos de 2000, durante minha fase mais piegas, e anotei umas coisinhas.
- Meninos se tornam homens quando amam profundamente pela primeira vez e então, também, pela primeira vez, levam um fora.
- O amor impossível é sofrido, mas nos eleva sobremaneira. Através do amor impossível começamos a perceber que há em volta um sistema sobre o qual não temos o menor controle, e que, seja pelos motivos que for, o devemos respeitar. E mais, é quando aprendemos que certas coisas não são para nós. E que não temos direito a certos caprichos.
- Quando você sofre por um amor impossível, você experimenta a dimensão do seu idealismo. Você se descobre romântico sem ser, pois um relacionamento intensamente desejado é inevitavelmente idealizado. Você começa a ter devaneios imaginando cenas e situações perfeitinhas. É a fase mais aguda da doença
- Muitos já sofreram por amor, mas só quem (não) vive um amor impossível experimenta a dolorida sensação do desapego. Desprender-se daquela possibilidade de vida, daqueles sonhos, daquele ser tão especial que nos enleva só por sabermos de sua existência, se torna, muitas vezes, questão de sobrevivência.
- E mais de um homem já morreu por não ter forças suficientes para tal desprendimento.
Depois peguei a máquina do tempo novamente e fui até 2005, e, (já entrando de cara em outra que viria se tornar a doença de hoje) quando comecei a me curar dessa doença chamada romantismo, e fiz duas anotações:
- Ajuda muito pensar, ou tentar convencer-se de que, de alguma maneira, não ficar com a pessoa que representa seu amor impossível pode ser um grande golpe de sorte. Pode ter sido a salvação da sua vida, e você nunca ficará sabendo. Sapos podem se tornar príncipes e… vice-versa.
- Quando vivi um amor impossível, era um pouco mais “cristão” do que hoje, e por vezes me convencia de que o ser amado tinha um anjo forte que a protegia de mim. Hoje cogito que o anjo forte era meu. E talvez o tempo ainda me convença disso.
[...]
Pronto, de volta à realidade
3 Confortadores:
Realmente é complicado viver amores impossíveis...nada é como idealizamos e o desprendimento é doloroso por perdermos aquela rotina a pouco conquistada mas que vivemos tão intensamente...Mas na vida há sempre um porque de todas as coisas; um dia saberemos a razão pelo qual passamos por tudo isso. Continue sempre a escrever, escreves muito bem! Parabéns
Belas palavras..., é bom voltar no tempo, porém melhor ainda é guardar as lembranças e experiências boas do passado, e usar as ruins, para não cometer-mos os mesmos erros no presente, talvez não exista um amor impossível, talvez o que o tornou assim,"impossível", foi a nossa falta de coragem pra lutar em busca dele, foi nossa insegurança de muitas vezes achar-mos que não somos capazes de fazer alguem feliz, foi nossa covardia, esperamos receber pra depois doar-mos, se não tomamos atitude de agir primeiro, quando olhar-mos pra traz, vamos descobrir que perdemos o grande amor da nossa vida, o que passou...passou, vamos colocar os pés no chão, cortar as nossas asas, parar de voar,...é bom sonhar, mas melhor ainda é viver a realidade,viver um dia de cada vez, o futuro pertence a Deus, o que plantar-mos hoje colheremos amanha!vamos plantar o amor possível!Parabéns Ricardo pelo seu blog!
Amor impossível bom é amor nunca vivido.
Ou seja, aquele que nunca foi. Pode até ser, mas nunca, nunca será um bom amor aquele que na verdade ja acabou.
Se ja acabou não é impossível: ou ele foi possível e se fez findo ou ele simplesmente deixou de existir.
Postar um comentário