quarta-feira, 21 de junho de 2017

E hoje deita no Divã...

Bem vindo "Amigo Anônimo" , Nosso oitavo Divã é seu. Fique a vontade e fale


"Ode a um amor despedaçado

É óbvio que eu gostei demais de você. Que eu amei, que acredito que você é a mulher da minha vida, etc.
Ponto.
Mas eu acho que por mais que a gente ame alguém, por mais que a gente queira estar com alguém e acredite que vale a pena, tem umas situações na vida, que a gente não deveria se expor a elas.
Esse volume louco de briga entre nós dois não começou ontem.
Nem mesmo nessa segunda leva de relacionamento. Eu sabia o que estava comprando quando reatei com você depois do tanto de história que tinha pra trás.
Sou inteligente o bastante pra isso. Só que, justo ou não, esse tipo de coisa pega mal demais.
Eu não gosto disso.
Às vezes nós achamos que se está sentindo um trem, pode fazer isso, pode brigar, pode extravasar, mas não podemos. Sem contar o tanto que isso faz mal para outras pessoas que convivem conosco, o que é pior ainda.
Por mais que tenhamos nos amado, algum dia, porque certamente você também me amou demais pra viver isso tudo comigo, há muito não está saudável. Às vezes só o amor não segura tudo. Não é o bastante.
Às vezes, conhecemos o grande amor da nossa vida, mas não vivemos toda a vida com ele.
A gente sempre pensa que pode rolar, que o tempo corrige, mas na realidade a gente sabe que, a longo prazo, o lance é mais complicado.
Porque eu acho que, além de alguém que amamos, a gente precisa ter qualidade de vida.
Porque talvez um amor mais tranquilo faça a gente mais feliz até.
Mas deixar, e passar por isso, é difícil demais.
Eu prefiro pensar que ter vivido um amor forte assim é mais do que muita gente vai conseguir na vida.
E agradeço. Foi lindo, foi forte, foi intenso, mas foi o que tinha que ter sido.
Então, ciente que não dá, a gente carrega o amor todo conosco e segue.
Do jeito que estava, ambos só se machucavam.
Acabou maculando todas as lembranças boas.
As melhores memórias. E isso não é justo. Não é justo pegar um amor de verdade e macular. Era melhor ter parado enquanto estava ganhando, tipo atleta. Mas insistimos.
Enquanto ainda estávamos por cima, não percebemos no momento certo que daí pra frente só iria cair.
A gente nunca vê isso.
Nunca tem esse feeling, por mais óbvio que pareça. 
Sei que esses trem doem demais na gente, é uma fase tensa de passar.
É porque quando a gente sente uma coisa de verdade, sempre quer acreditar, quer fazer dar certo, é natural. Mas não deu.
Eu optei por deixar o "grande amor da minha vida" seguir sem mim.
Então, eu penso assim, e torço pra ter sido a escolha certa."

Desabafo de "Autor preferiu não se identificar"



0 Confortadores:

Postar um comentário