terça-feira, 29 de junho de 2010

Os Amigos

“A gente só conhece bem as coisas que cativou. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-o!

O Tempo passa e as amizades verdadeiras a cada dia se fortalecem, elas, são muito de todo tesouro que um homem pode ter. A importância de ter amigos não é vista desde criança, porem, a maioria delas, são advindas desta época. Mas nem sempre é assim eu afirmo.

Existem amizades que são construídas depois que crescemos e isso não quer dizer que são menos importantes que as amizades já cultivadas na infância. Hoje com auxilio da internet conhecemos pessoas de vários pontos do mundo facilmente e quem pode dizer que essas amizades não são verdadeiras?

Eu sou prova viva de uma, uma não, mas quatro, amizades que são uma das coisas mais preciosas que tenho mesmo elas vindas do meio “cibernético” e de maneira tortuosa. Mas quem nos vê hoje nunca imagina a maneira pela qual nos conhecemos. Isso também é fruto das facilidades do mundo hoje, ao passo que. Quando crianças, temos um mundo inteiro para descobrir e explorar. E este mundo parece não ter fronteiras, tamanha sua vastidão. Olhamos ao redor e tudo o que vemos é a linha do horizonte.

Mas há um aspecto muito bem delimitado. Ele corresponde à amizade. Nossos amigos são poucos e estão sempre próximos. Acompanham-nos à escola, curtem o recreio conosco, partilham a merenda. Ao lado deles fazemos as tarefas, estudamos para as provas, praticamos esportes e brincamos.

A idade avança e somos contemplados com o rótulo de adultos. Mudam nossos propósitos, responsabilidades e prioridades. E, quase que invariavelmente, também mudamos de casa, de bairro, talvez de município, Estado ou mesmo país.

Nosso mundo, agora, fica bem delineado. Passamos a tratar com mais e mais pessoas e, paradoxalmente, cultivamos menos amizades porque nossas relações são todas marcadas com o lacre da superficialidade.

Pessoas entram e saem de nossas vidas. Muitos passam a ser nossos conhecidos, de um vizinho que mora na casa ao lado ou no apartamento do andar de cima, a profissionais que vemos em uma reunião de negócios ou congressos. Sobre estes, pouco ou nada sabemos, nem mesmo o nome.

Já alguns passam a ser nossos colegas. Dividem o tempo e o espaço conosco, sobretudo no ambiente de trabalho. Por conta deste vínculo, temos teoricamente objetivos comuns, metas a serem alcançadas, até valores corporativos alinhados! Sabemos seus nomes, seus cargos, suas atribuições, mas podemos conviver por anos separados por uma única divisória ou porta sem conhecer suas preferências, sua família, sua história de vida.

De tanto refletir, descobri algumas coisas que dizem respeito à amizade.

Amigos são pessoas que compartilham com alegria as nossas vitórias, mas que nos acolhem despretensiosamente nos maus momentos. Nós os descobrimos na adversidade e na infelicidade. São apoiadores por natureza, mesmo quando discordam de nossas posições. Bons ouvintes, concedem-nos sua atenção e sabem que muitas vezes não queremos opiniões ou comentários, mas apenas sermos pacientemente ouvidos.

Adeptos da diversidade, pouco lhes importam aspectos como raça, credo ou condição sócio-econômica, pois respeitam nossas diferenças antes mesmo de desfrutar as semelhanças. Surpreendem-nos com freqüência e são admiráveis confidentes, compartilhando seus segredos – e os nossos.

Não existem bons ou maus amigos, sinceros ou dissimulados. Por definição, um amigo é verdadeiro, honesto, leal e digno de honra e admiração. Logo, a amizade que acaba nunca principiou.

Melhor do que conquistar novos amigos é conservar os velhos. Por isso, visite seus amigos com freqüência. O mato cresce depressa nos caminhos que são pouco percorridos. Relacionamentos não se constroem por telefone ou e-mail. São bons expedientes para se manter uma amizade, mas precisamos mesmo é estar “cara a cara” com as pessoas que apreciamos. Olhos que brilham, braços que envolvem, palavras que acalentam. Vale o alerta de Fred Kushner: “Eu deveria ter visitado mais meus amigos e lhes contado como me sentia em vez de só encontrá-los em enterros”.

A amizade torna as pessoas mais amenas, gentis, generosas e felizes. Mas, para se ter amigos, é preciso antes ser um. E isso envolve atitude...

Começar junto e terminar junto. Assim se edifica uma sólida amizade.

5 Confortadores:

May Galdino disse...

Que lindo post e que lindo blog!
hehe

-Te seguindo!
*_*

De Deus disse...

Uau!!!!!!!

Extremamente bem escrito!!! E muito real.

Só que grande pra cacique... Gastei 4 vindas aqui pra ler o texto todo. ¬¬

Dá Haduken Ryu!

Cleonice Braz disse...

Oi! Faço das palavras do Thiago as minhas...
"Extremamente bem escrito!!! E muito real."

Vc deveria investir nessa área. Escrita. É bom nisso.

Amigos são essenciais na nossa vida... e como disse Saint Exùpery: "Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas"...




=)

Camila disse...

Eu bem que queria visitar meus amigos, mas falta-me tempo. Não vontade.
Depois que recebemos esse rotulo de adultos, fica mais complicado deixar as responsabilidades, mesmo que seja vez ou outra.
E concordo, amizade que acaba é porque nunca começou.

Amei o texto, ainda mais a citação de um dos meus livros prediletos!
O pequeno Principe, que de infantil nao tem nada. ^^

Um beijO querido

Ps. E ainda bem que tem internet, pois assim ameniza a saudade dos meus amigos distantes, e voce está incluso. ;*

Squall disse...

Muito bem escrito. Confesso que você ta me surpreendendo com seu blog Dogão, eu não sabia dessa sua veia literária!

Concordo com quase tudo dito acima e acrescento que: é muito bom ter amigos mas toda amizade que se preza tem de ser cultivada, assim sendo pode-se chegar a conclusão de que, quem diz ter tantos de amigos, na verdade não tem nenhum. Quantidade é inverso a qualidade nesse caso.

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